-Bão dia minha sinhora, será qui nun tá pricisano di gente pra trabaiá?
A mulher olhou pra ele e fez um não com a cabeça.
Chico foi a farmácia, entrou chegou perto do balcão e perguntou:
-Bão dia seu moço, será que o sinhô tem algum selvicinho aí pra eu não?
Não senhor, pergunta alí na quitanda do seu Manoel.
Chico foi a té a quitanda, chegando lá ele perguntou:
-Seu Manoé, será que sinhô pode me arrumá um selvicinho aqui na quitando do sinhô?
Eu posso até te arrumar um serviço, só que antes o senhor tem que voltar a estudar.
-Chico olhou pro seu Manoel e disse:
-Uai, estudá? Eu nun sei lê, mas sei fazê conta!
Seu Manoel sorriu e respondeu:
-Chico não basta saber fazer contas, tem que saber ler e escrever também!
Chico meio envocado falou:
-Uai, eu tenho vegonha, já tô meio véio pra esse negócio, o sinhô ta mangando de eu?
- Não estou não Chico, se você quiser eu te levo agora no colégio pra você ver como é, e lá tem muita gente de sua idade.
Chico sorriu e disse:
-Uai, intonse vamo lá !
Quando chegaram no colégio, Chico se entusiasmou, viu muitas pessoas de sua idade e até mais velhas.
No outro dia Chico se matriculou no colégio e começou a estudar, aprendeu a ler e escrever e só tirava notas boas, ele aprendeu a falar direito fez o primário, o ginásio, o segundo grau e depois conseguiu o uma bolsa para a faculdade.
O sonho de Chico sempre foi ser engenheiro. O tempo passou Chico se formou , fez engenharia.
Chico é muito amigo de Manoel e lhe é muito grato, pois foi graças a Manoel que Chico se tornou o que é hoje, um grande engenheiro.
Escrito por: Roberta Brasil .
